quarta-feira, 28 de maio de 2014

'Medianeras'

Nefe diria: Raiva é que nem vaidade. É uma brisa que dá e passs-ssssssssss-ssssss-sa. E assa. Nat opinaria: Sei lá, tanta coisa pra fazer e ficar pensando na pobreza de espírito dos outros... Tem pessoas que não merecem nem que a gente encha o saco, pois são tão vazias, acumulam furos e furadas... pura perda de tempo. Nina se surpreende: Uauuuu! Meninas mais novas e por vezes, mais sábias que eu. Viva a geração informatizada e despreocupada. Se liga na Matriz... Dale, dale! Vale um rio e viva um doce relembrar os esquecidos-esquizoides ou normais Neo, Trinity e Morpheus! E abaixo a mesquinharia de quem só olha para o próprio umbigo. Cada um sabe onde aperta o seu sapato. E o seu cinto. E o seu saco escrotal. Yeah yeah. Bom lembrar também que é pela semente que se conhece a raiz. Daí, é preciso cuidado ao olhar a beleza da pele e dos olhos daquela onça parda e daquelas orelhas e focinhos do coelhinho peludo. A verdade e a mentira moram juntas. Debaixo de uma árvore estrondosa, na sombra e no reflexo de um lago azul. Mas só uma coisa habita o lado de lá: a voz, o som e a fúria de Eco que Narciso não vê. A fruta que Adão não come. A cor vermelha que Eva não podia oferecer e ofereceu. Eros uma... e Psiquê outra vez...

terça-feira, 27 de maio de 2014

28 moedas de um real

Vamos falar de desprendimento. De desapego. Doação. Yoga. Já pratico aulas de yoga há mais de um ano. Por incrível que pareça, ininterruptamente. Tenho mania, é verdade, de interromper quase tudo. Sim... Digo... Das relações com o universo e com o outro, quando esses me torram. Quando eu os torro. Muitas vezes, a mania ou a maneira de sair fora é do outro. Mas por mim, tudo bem... Pronto, fiz minha parte: doei. Mesmo que seja chatice ou chateação. Tá doado. Desprendi, desapeguei. Um processo, ora rápido, ora demorado. E logo hoje, no fim da aula de yoga, a professora nos passou ensinamentos sobre amor e sexo. Teoria somente, por amor a Deus e a todos os deuses! Yoga não é sexo tântrico, é respiração, é OM, é reflexão, é postura e concentração, por favor! Pois bem, trocando em miúdos... Há dias atrás foi aniversário da nossa mestra e a turma da segunda e terceira idade resolveu fazer uma festinha com bolo, chá e presentão. De casca de laranja foi o bolo, de anis e gengibre foi o chá e da loja carioca FYI, filha mais nova da ANIMALE, foi comprado um vestido de presente para a teacher. Tudo digamos, azedinho, amarguinho, ops, salgadinho! OK, os alunos e alunas presentes, após a aula, participaram do parabéns com direito a fotos e até registros num cartão de felicitações. O registro no livro caixa $$$$$ nem foi comentado. Mal sabia eu que na semana seguinte viriam me incomodar cobrando míseros reais e mais alguns centavos pela festinha. Ninguém me comunicou de festa nenhuma e que a mesma seria paga. Já começa por aí a falta de generosidade e caridade de praticantes da chamada yoga. Todos somos culpados pelas nossas falhas e faltas. De vergonha, principalmente. Falta de atitude, de reação na hora do susto, do ser pego desprevenido, nem sempre pode-se chamar de culpa. Chamemos de "Opa, peraí..." 'Opa, peraí, deixa ver se entendi...'; estão me cobrando por algo que não fui informada e que aliás, soube de pessoas que não foram cobradas $$$$$, que participaram comendo, bebendo e que apareceram na foto. Provas concretas, jamais teóricas! Deixei passar. Vão esquecer. Quem faz yoga, ainda mais quem mora num condomínio de alto luxo, tem um bom padrão de vida, conforto, alta aposentadoria ou pensão de marido, ex-marido, defunto, seja lá o que for, não se apega a coisas materiais, passa para o grau de pessoa elevada, desprendida, de alma leve. Mas o que? Vieram me cobrar de novo, na semana seguinte. Não esqueceram nem dos centavos! Que peso! Que horror! Que energia carregada! As aulas de yoga nesta turma estão se transformando quase no seriado da Fernanda Young, do canal GNT: 'Surtadas na yoga'. A mulherada mais velha do lado obscuro do amor, está abusando do chá e ficando bem alterada. Enfim, sem me estender muito, na próxima aula, digo ao povo que fico. Mas repasso todo o peso a quem me cobra. A cobra que me cobra receberá de minhas doces mãos os míseros contos de reais em nada leves trinta moedas de um real. Num saquinho bem pesado! Mas como ela não é cobra, parou de cobrar! A Naja faz o espetáculo e logo cai da cesta só de ouvir a flauta tocar.