terça-feira, 9 de agosto de 2016

O perigo de andar com gente que usa bota

Nat, Nefe e Nina passeiam pelo fabuloso mundinho das asas de dragões, águias, penas de galinhas e caudas de serpentes. Uma aventura um tanto sinistra, pra dizer o mínimo... Alguma tia ou avó comentou com as moças: "Me orgulho de ter conquistado a clareza de atitude e a limpeza de caráter. O Brasil está essa bagunça pelo fato de existirem pouquíssimas pessoas que agem com o intuito de resolver, esclarecer, mas sim com o intuito de denegrir ou encobrir as verdades e mentiras do dia a dia." Sábia tia... Inteligente avó... Dizem as más línguas que agosto é o mês do desgosto. E as boas línguas, o que dizem? Segundo relatos, Nat, uma garota no auge dos vinte e poucos anos, passou por situações desagradáveis ao fazer amizades na balada paulistana. Eis trechos de um diálogo revelador com uma colega que frequentava os mesmos lugares de perfumados ares: " - Menina! Pelo visto estamos na mesma fase... das descobertas de gente chinfrim em nossas vidas! Eta ferro! Queria falar com você! Só pra tirar uma dúvida. - Oi! Pode falar! - Você também teve problemas com a Cara de Cão? Acho que sim... Olha, que criatura mais ordinária... perigosa e infeliz... não meto meus pés mais em nenhum lugar que esta cidadã aparecer. - Nossa! Por que? - Ela é tão ridícula, está me difamando e fazendo a cabeça das amigas para virarem minhas inimigas.... Uma tremenda falta do que fazer, falta de noção, de amor ao próximo, de reza, falta de tudo, inclusive de amor próprio... pois tem problemas com homens. Claro!... Vive de disputas infantis. Eu hein, que puta! - Puta é pouco! Ela simplesmente não se enxerga, não vale a roupa de baixo que usa, nem a carne que come, detona todas as amigas e agora está usando o que disse delas contra mim... Anteontem ligou uma baranga de cabelos bagaço de laranja a mando da dita cuja, pra tirar satisfações, ahahaha, pode isso? Beira ao ridículo. Por isso perguntei se você também teve dores de cabeça com esta criatura... Quando nos encontramos no chá de panela da Rafaela, ficou no ar alguma coisa de atrito entre vocês duas. Imagino que deva ser igualmente por causa de homens... Esses fracos. - Não tive problema com ela, mas sei que devo tomar cuidado. Também sinto um clima pesado no ar, percebo que ela não me convida para sair e quando me encontra na noitada, me olha de cima a baixo invejando do cabelo até a bota. - Você usa bota? Que má! Vai ver a mijona te acha bonita e só pode ser concorrência forte pra ela. De bota! De couro ou de vinil? Isso acontecia entre nós duas; sempre que eu arrumava um cara interessante, estava de bota. E lá vinha ela dando em cima do carinha que eu estava... até que uma hora o caldo ferveu. E as botas entraram em ação. Chutei. Cansei. Tomei. Levei. Chega de passar sempre por isso... Não foi uma, nem duas, nem três vezes... Foram pra lá de meia dúzia! De chutes e pontapés na canela dela... daquela cadela. - Ihhhh, não se avexe, magrela! Esse papo de bota já deu! Eu uso Cavalli, dou pro Roberto e se atravessar meu caminho, meto uma banda pra mostrar quem manda. Acabo de vez com essa praga tagarela que rouba os machos que não são dela. Se eu fosse você, usava uma Prada preta e jogava essa perdida pela janela. Pra deixar banguela e quebrar logo a canela, dava um coice nela!