sábado, 4 de junho de 2016

O Bote

Esse eterno desejo de escrever. De falar. De se indignar. Vem aos 15, vem aos 20, vem aos 30, aos 35, aos 40. Vem até antes disso. Pode ter vindo aos 12, aos 10, aos 11, aos 5, aos 7 e... Virá. Se virá! Será quando menos se esperar? Da onde ninguém ou de onde todo mundo imagina?... Como a música que fala sobre Cura. Cantada por Lulu. Vista por Nina. Revista por Nat. Ouvida e lida por Nefertiti. Da tumba egípcia ou do pó brasileiro? Não sei. Sabemos? Saberemos escrever, dizer, ouvir, calar, sentir, cheirar, tatear, ver, apalpar, degustar, saborear... Pergunte a todas as sensações. Até que virem pó. Porque é da poeira que tudo vai e vem. Cósmica ou terráquea. Papiro ou pedra... papel, tesoura. Garrafa de vidro com bilhetinho escrito, lançado ao mar.