segunda-feira, 19 de julho de 2010

Opiniões das moças


Numa roda de samba em Laranjeiras, olhando para a carinha dos carinhas que tocam pandeiro e que cantam músicas da velha guarda da Mangueira, da Portela e de outras escolas carnavalescas, lá estão elas, as amigas Nat, Nefe e Nina, sempre a pensar... O que os homens querem, o que nós queremos, por que nos juntar, por que não nos juntar..? Daí nascem pérolas, que não são dadas aos porcos, pois eles ainda não as merecem.

A de 20, tem pouca experiência de vida e de relacionamentos, então ainda pensa que só nós, mulheres, somos as guardiãs do sucesso de uma relação afetiva, por isso afirma:
"- As mulheres são responsáveis pela queda e ascensão dos homens. Isso é fato inegável. Queiram ou não." (NAT)

A moça de 30, já com mais bagagem nas costas, cheia de namoros resolvidos e outros nem tanto assim, carregada de marcas e feridas na pele e na alma, já tem o seguinte pensamento, um pouco mais maduro, óbvio, pelas andanças e tropeços da vida:
"- Um casal é como um barco pilotado por dois tripulantes. Para que este não afunde, é preciso que os dois ou de preferência que um dos dois tenha a cabeça boa. Caso ambos tenham a cabeça ruim, qualquer vento ou maré pode derrubar essa falta de prudência." (NEFE)

Com 40 anos, qualquer mulher sensata que soube preservar bem seus neurônios e que leu, estudou e se formou, pode chegar facilmente a esta conclusão:
"- Homens que correm da gente, fazem isso porque ou estão com medo de se apaixonar e de se prender ou porque somos umas malas sem alça, burras, sem conteúdo mental, sem sustento para conversas e discussões mais elaboradas sobre qualquer assunto que seja. Portanto, correm se somos totalmente demais ou então correm se somos totalmente de menos. Aqueles que não correm e nos encaram de frente, nos alcançando logo na primeira oportunidade, bem, esses são os que verdadeiramente nos deixarão. Os outros, que fugiam, nunca deixaram de estar por perto, nos observando meio que de longe, e sempre correndo, com medo, claro; mas no final, são eles que vem pra nossa vida e os outros que vão embora dela. E o que perdemos ou ganhamos? Nada. Isso não é um jogo. Embora pareça. Perdemos e ganhamos todos os dias somente experiências, rugas de expressão, quilos a mais, quilos a menos, prazeres, sabores e dissabores. A grande lição é que não podemos esperar nada de ninguém; tudo só depende de nós mesmos." (NINA)

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